Sunday, July 29, 2007

Ontem, ao fim da noite, já em jeito de rescaldo do casamento, quando numa turtúlia de velhos amigos se discutia o que ali nos tinha trazido (e ainda bem que nos trouxe porque há muito que não nos víamos), veio-me à ideia esta frase... Que me parece que sintetiza aquilo que é suposto ser uma relação entre duas pessoas:

"Lovers belong to each other as the sun belongs to the sea: not much but enough to be going on with."

Thursday, July 26, 2007

Lembro-me da cara desconfiada que fizeste na primeira vez que nos viste... Foi assim uma espécie de "mas o que é que estas três aves raras andam aqui a fazer?"...

Depois veio a grande jantarada no Dinoself (que bela fotografia que nos tiraram!)... E acabámos as duas a amparar a desgraça uma da outra... Sentadinhas à beira do Chiringuito a ver o pessoal a passar...

Enfim... Foram uns ricos dias!! : )

PARABÉNS linda! Que sejas muito muito muito feliz!

(PS - Daqui a umas duas semanas e qualquer coisa estamos lá!)
Questão pertinente:
O que é que é suposto responder-se a uma criança de 11 anos que, depois de ver uma publicidade, nos pergunta: "Oh Pi, porque é que há preservativos com sabor a morango?"

Wednesday, July 25, 2007

Se tu viesses ver-me

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

(Florbela Espanca)

Sunday, July 22, 2007



E este fim-de-semana a família cresceu...

Chama-se Rita, tem 47 cms e pesa 2,9 kgs.

Sunday, July 15, 2007

Encosta-te a mim...

Tuesday, July 10, 2007

E agora um pouco de escárnio e maldizer...

Desde que ontem vi o debate (?) entre os doze candidatos à CML que a minha vida ficou mais colorida! É que eu andava sériamente preocupada com o meu futuro. Como é do conhecimento generalizado dos leitores deste blog, eu moro com os meus papás - não pago renda, nem água, nem luz, nem... Enfim, básicamente, não pago nada. Mas esta boa vida vai ter de acabar um dia... Até porque todos precisamos de um certo espaço de quando em vez...

Já me tinha decidido a ir viver para a margem norte, mas habituadinha a morar ao pé do rio como estou, nem sequer colocava a hipótese de morar longe da zona ribeirinha - portanto, ali a zona do Chiado e arredores vinha mesmo a calhar.

O actual problema é, essencialmente, o que custa ter uma casa nessa área...

Mas, depois de ontem, voilá!!! Com tão boas propostas de requalificação para a Baixa-Chiado e afins, tão esperançosos projectos urbanísticos, e tanta vontade de chamar os jovens à cidade, é uma questão de tempo até me oferecerem casa para lá morar!
Desarmas-me quando me olhas nos olhos, com esse ar matreiro, em busca de consentimento para uma traquinice...
Quando me abraças, furtivamente, como se o teu mundo começasse e acabasse em mim...
Quando resmungas por eu não saber que, para ti, as torradas não têm " a parte dura"... Ou
Quando me puxas para te ajudar com as tabuadas...

Desarmas-me quando, na praia, já de lábios roxos, me pedes colo para te aquecer...
Quando suplicas para jogar às raquetes ou fazer castelos na areia...

Desarmas-me quando fazes beicinho e me dás um beijo doce...
Quando me respondes torto e me deixas sem palavras... Como agora...

Sunday, July 8, 2007

É em fins-de-semana como este que eu gostava de ter nascido homem...

Aliás, bem vistas as coisas, eu acho que só nasci rapariga para chatear o meu pai - note-se que quando lhe disseram que tinha nascido "uma linda menina" ele esteve quase, quase, a ir-se embora do hospital... Também compreende-se: durante nove meses disseram-lhe que eu seria um rapaz, e quando ele pensava estar prestes a pegar ao colo um Pedro Miguel (parece que era assim que eu me chamaria na versão masculina), apresentam-lhe uma miúda!! A sorte é que já nessa altura eu já era muito esperta, e parei logo de berrar quando ele me pegou ao colo - há que saber viver, não é?

Mas estava eu a dizer que gostava de ter nascido homem... E passo a explicar porquê: entre muitas outras coisas, pelo facto de não ser expectável que quando as empregadas estão doentes ou de férias os homens peguem no aspirador e no pano do pó e substituam as ditas! Muito menos num dia solarengo como o de hoje... Mais! As mãezinhas, nessas circunstâncias, até têm a tendência de os convidar a ir dar uma volta à rua, porque é mais do que sabido que homens e limpezas de casa dão uma grande confusão - salvo raras e mui honrosas excepções, claro!

E o preconceito está por toda a parte... Há uns anos fui com o meu namorado ao alergologista. Ele era asmático e andava com umas crises esquisitas... Partindo do pressuposto que nós morávamos juntos, o médico resolveu dar-nos indicações sobre quem deveria fazer o quê lá em casa. Como não podia deixar de ser, a limpeza do pó, o aspirar e todas as coisas relacionadas com lavagem de tapetes, cortinados e afins ficaria ao meu cuidado! Isto sem sequer se preocupar em questionar se eu também não seria alérgica ao pó! Nascemos para limpar, pelo que, independentemente do resto, temos essa obrigação! (Nota: eu tenho uma alergia brutal ao pó!)

Enfim, resumindo e concluindo, é muito mais simples ser homem:
- Não se espera que sejam "super" em nada;
- Não têm de fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo;
- Não precisam de se esforçar para ter os filhos;
- Não andam mal dispostos uma vez por mês sem que ninguém os compreenda;
- Se forem solteiros aos trinta anos e tiverem uma série de namoradas, são machos! E, principalmente,
- Não têm de limpar a casa!

Mulher sofre...

Saturday, July 7, 2007

E por falar em fins de tarde de Verão... Quem se lembra da grande reportagem fotográfica com esta música de fundo? "Supimpa!!" Excusavam era de me ter apanhado a acordar!

Gosto dos fins de tarde de Verão na praia... Aqueles em que o sol se põe, lentamente, no horizonte... E em velocidade inversamente proporcional o corpo acorda da letargia de mais um dia... E pede mais, num aqui e agora... Numa consciência inconsciente, mas feliz...

Sunday, July 1, 2007

Hoje faz anos uma pessoa importante... Amigo de longa data, assim de repente diria que esteve presente nos momentos mais complicados da última (quase) década.

Pouco consensual, mas firme nas suas posições. Coragem de leão, mas frágil de coração... Um eterno apaixonado...

Para ele, os meus sinceros parabéns e votos de felicidades.

Gosto muito de ti.
Pouco tempo tenho tido para deixar aqui umas ideias... Então vou escrevendo papelinhos que guardo na carteira, prometendo a mim mesma que, mais dia menos dia, os transcreverei para aqui...

O texto que aqui vou deixar hoje é um desses exemplos... Se a memória não me falha foi escrito no passado dia 20 de Junho, regressava eu a casa, depois de ter feito o TOEIC (Test of English for International Communication), com uma dor de cabeça dos diabos e uma série de pensamentos absurdos a revolver-me o cérebro...

Estava eu hoje, no Metro, a tentar ter pensamentos normais (que deveria ter percebido logo impossíveis, dadas as peripécias do teste de inglês - de que adiante falarei), quando uma carinha bonitinha, pertencente a um espécime do século masculino, me despertou a atenção... Estava meio escondido pelos bancos, pelo que só conseguia ver o que estava acima da cintura: ombros largos, pela clara, cara de miúdo, casaco claro e camisa a condizer... Enfim, assim à primeira impressão diria tratar-se de um espécime interessante.

Isto passou...

Já a caminho do comboio, sou ultrapassada a grande velocidade por alguém com calças pelo tornozelo, sapatão de atacador, pernas arqueadas (do género "ando a cavalo desde pequenino") e um andar tão desequilibrado que suponho que uma qualquer rajada de vento deitaria "por terra" o dito moçoilo. E foi aí que, ao reconhecer a "carinha bonitinha" do Metro, pensei: "ver" uma pessoa só pela metade, pode ser como comprar um chocolate estragado - olhado com o papel é tentador, mas quando se abre a embalagem...

Enfim, eu avisei que não estava com pensamentos muito inteligentes...

O teste de inglês... Digamos que a minha capacidade de concentração é tanta que me distraí a olhar para o "nada" e, por momentos, me esqueci do que estava a fazer... Nota: estávamos na parte do listening, pelo que podem imaginar o resultado...