Wednesday, February 28, 2007

É oficial:

Às 10 horas e 34 minutos da cinzenta manhã de hoje, padeceu a malfadada planta que ornamentava o meu humilde gabinete.

Dizem os entendidos que o motivo do óbito foi a seca, seguida de dilúvio, a que a pobre foi sujeita.

Trocando por miúdos: ofereceram-me uma planta, para o meu gabinete, pelo Natal. Quando chegou estava viçosa, cheia de folhinhas verdes e botõezinhos cor-de-rosa. Deixei-a morrer à sede logo nos primeiros dias; depois, na tentativa de ressuscitar a pobre e colmatar o mal já feito, alaguei-a! Deram hoje o veredicto final: dali já não nasce nada!

Conclusão: estou para a jardinagem assim como o Rodolfo, Pai Natal ou lá quem ele seja está para os blogs - em branco!

Tuesday, February 27, 2007

Estava prestes a escrever qualquer coisa sobre o Caso Esmeralda e a fazer a apologia da justiça e da legalidade (actualmente um tanto ou quanto pelas ruas da amargura), quando fiquei a saber, através de uma notícia de jornal, que um dos arguidos de um dos mais badalados mega-processos (ia dizer da "actualidade", mas já está quase esquecido) se candidatou ao CEJ e é quase certo que frequentará o próximo curso...

Sendo doutorado (grau académico que conquistou(?) em Espanha, segundo parece), não só não está sujeito à prestação das provas escrita e oral, como tem preferência sobre todos os outros candidatos...

Sim, seu sei... É inocente até prova em contrário... Mas frequentar o CEJ e poder vir a tornar-se juiz quando está acusado de 36 crimes (22 de lenocínio e 14 de abusos sexuais de menores) num processo que ainda não findou?!

Até as vísceras se me revoltam!

Monday, February 26, 2007

Ontem fui ver o Rocky Balboa e dei por mim a torcer pela sua vitória... E até com uma lágrimazita no canto do olho (tenho uma lágrima no canto do olho, tenho uma lágrima no canto do olho... lá lá lá).

Hoje, no carro, a caminho de casa, com o volume do rádio uns décibeis mais acima que o habitual, vibrei ao som do Real Wild Child (Wild One)... Qual motoqueira de cabelos ao vento.

Será dos chocolates que ando a comer? Tenho de verificar o prazo de validade...

Sunday, February 25, 2007

Quando me pediram opinião sobre o Blood Diamond, respondi: brutal!

Brutal em dois sentidos: no de violento e no de bem concebido.

Subitamente lembrei-me de Marylin Monroe e do seu Diamonds are a girls best friend... E nos artigos desportivos cujas etiquetas trazem made in vietnam e outros que tais... E a advertência que é feita no fim do filme, sobre o dever que impende sobre os compradores de se assegurarem da proveniência dos diamantes (aqui generalizando), pareceu-me ridícula.

É um facto que os expectadores saem todos mais ou menos comovidos... Mas são esses mesmo expectadores que são o mercado... E verdade seja dita: Archer tem muita razão quando diz que a oferta resulta da procura.

Em suma: coitadinhos, tanta guerra, 200 ooo crianças-soldado, tanta fome... Que visão animalesca! O que a ganância provoca!

Mas...

The French are glad to die for love
They delight in fighting duels
But I prefer a man who lives
And gives expensive jewels

A kiss on the hand may be quite continental
But diamonds are a girl's best friend

Diamonds!!... Diamonds!!...
- I don't mean rhinestones -
But Diamonds, Are A Girl's Best, Best Friend

É o eterno faz aquilo que eu digo, não faças aquilo que eu faço.
Não gosto dos dias de Domingo... Não é que eu tenha alguma coisa contra o dia em si, mas a ideia de ter de me levantar cedo e ir trabalhar no dia seguinte é perturbadora.

Contudo, esta manhã de Domingo, em particular, parece-me uma boa altura para fazer qualquer coisa interessante, nomeadamente criar o blog já há tempos prometido. De facto, está a chover; tenho o nariz entupido o que me impede de dormir; não me apetece estudar... Enfim, tudo boas razões para me (re)lançar no maravilhoso mundo da blogosfera.

O que pretendo que seja este blog?

Bem, na realidade não auguro grande coisa - veja-se o nome! Mas pode ser que venha a sair daqui meia dúzia de linhas mais ou menos interessantes - quem sabe, não é?!

O nome...

Pensei em alguns, mas depois de alguma ponderação - isto requer uma certa maturação das ideias -, lembrei-me deste. Simples, despretensioso... E, convenhamos, assustadoramente real.

Afinal de contas, já alguém dizia um destes dias: "Ela não se cala!"