Sunday, October 14, 2007

No caminho de regresso da encosta do Castelo, falou-se de prendas (assunto menos polémico que a questão dos filhos, por sinal ;)) e alguém me perguntou que prenda eu tinha gostado mais de receber...

Assim, de repente, não soube responder... Não porque não tenha recebido prendas que me deixaram, nesses momentos, extasiada, mas porque me é difícil escolher uma... Acima de tudo gosto do efeito surpresa - a prenda em si não tem de ter valor económico, importante é que me faça sentir alguma coisa.

E é isto que eu gosto na vida: a surpresa, o pormenor. Cada vez mais me custa lidar com a rotina, com o controlo... Mas muitas vezes pergunto-me sobre o que é que é o certo: se seguir os meus impulsos e fazer aquilo que me faz ferver o sangue e sentir viva; ou viver pelo seguro, seguir o caminho mais direito, escolher as opções com menos riscos?

Será que há alguma coisa que iguale aquele friozinho na barriga que sentimos quando algo mexe verdadeiramente connosco?

12 comments:

Tosttas said...

If I told you the truth, you would probably think that I am crazy...

VV said...

Hmm.. Se houvesse resposta simples a esses dilemas...! Mas não há. Acho que isso depende de pessoa para pessoa, de situação para situação! Há aqueles que gostam do limite, e há aqueles que gostam de jogar pelo seguro.

Mas a ambos existe algo em comum: o sentimento de estar a fazer o que está certo, no momento certo.

Só gostava de conseguir "gravar" decentemente os friozinhos, para mais tarde recordar...

AB said...

Tosttas, que não és bom da cabeça eu já sabia... Aliás, essa é a única explicação... :)

VV, eu diria que a ideia não é "gravar" esses friozinhos... Mas tentar vivê-los o mais possível... Não foste tu que já te insurgiste contra o saudosismo? :)

Tosttas said...

Única explicação para quê?

Provocadora!

AB said...

Oh tosttas, para seres do FCP! :)

Tosttas said...

Bem, acho que isso não requer muitas explicações. Surgiu pelo mero deslumbramento por clubes ganhadores, com mística de guerreiros imbatíveis e suporte de mulheres do Norte!

Ah, é verdade. Também porque o meu irmão era do SLB e o meu pai do SCP. Ou pensavas que eras a única pessoa com mania que é do contra?

Lemmings said...

Deixa-me só dizer que essa conversa me parece deveras interessante, tu andas a dar-te com umas pessoas muito inteligentes.

Realmente a magia da surpresa e o inesperado podem ser o tempero ideal para uma boa prenda.

E se a surpresa fosse um filho varão com 6 anos perguntar-te se podia ir para o ballet? Que dirias?

Filipe de Arede Nunes said...

É só para dizer que passei por cá, acima de tudo porque não tenho comentado...
Beijinhos,
Daniel

AB said...

Lemmings, essa é tramadíssima! Mas depois de te ouvir a ti e ao Tosttas, com certeza que o enviaria para vossa casa para se aconselhar... O pior é se as influência tiverem vindo dos vossos filhinhos... :)

Daniel... :)

Tosttas said...

Bolas! Agora passaste das marcas... Convidamos-te para os nossos jantares; pago-te um almoço; e, mesmo assim, resolves mandar o maior insulto possível que se pode dar a um homem? Que golpe baixo! Nunca pensei...

AB said...

Tosttas, devo dizer que não percebi o teu comentário... Mas suponho que talvez tb não tenhas percebido que o meu foi escrito em tom de brincadeira.

De qualquer modo, se soubesse que ias propagandear o pagamento do almoço como se fosse um favor que me estivesses a fazer,certamente não teria aceite o convite.

Tosttas said...

Agora é que te enganaste. Claro que percebi que o teu foi em tons de brincadeira. E o meu, apesar de aparentemente não teres percebido, também foi...

Quanto ao almoço pago, posso assegurar-te que não foi nenhum tipo de favor. Para além de ter sido um prazer, faz parte de um pagamento por ter usado em demasia uma taxa de estupidez ao longo do primeiro semestre do ano, sobre quem não o merecia e sobre quem nunca pensei vir a magoar ou simplesmente ignorar.

Mas está descansada que não divulgarei o próximo. E sim, vai ter de haver outro, porque não estava minimamente preparado para estar com quem quer que fosse, depois de ter decidido ir falar a uma assombração ali ao pé do Marquês.