Depois do ataque agudo de lamechice do último post (que já andava pensado há umas semanas, pelo que se pode considerar que foi, assim, o ponto alto da neura - que felizmente só se dá em períodos de grande stress, senão acho que alguém me internava no manicómio), há que regressar à normalidade (mas sinto a vossa falta, isso é verdade! ;)) ...

E regressar à normalidade significa, hoje, opinar sobre umas coisitas que foram passando ontem na televisão...

Para começar, o caso Maddie... Um dia desta semana comentava com alguém que achava que os pais eram culpados; não que tivessem feito alguma coisa à menina de forma intencional (na altura não me estava a conseguir lembrar da palavra "negligência"), mas que era tudo muito estranho, e que poderia ter sido, por exemplo, excesso de medicação. Ainda que não directamente, esse alguém chamou-me estúpida por estar a fazer juízos de valor, quando muitas das notícias até nem deveriam ser verdade. Certa ou errada, o que é facto é que o casal foi constituído arguido e, repentinamente, passou de bestial a besta... Só que convém lembrar que ainda não houve julgamento e que, até prova em contrário, todos somos inocentes... Mas será que a comunicação social se pretende penitenciar pela "barracada" dos últimos quatro meses? Por ter dado tanto tempo de antena ao desaparecimento de uma menina estrangeira, quando temos crianças portuguesas a desaparecer diáriamente e cujo nome nunca chegamos a conhecer? Devo reconhecer que estou curiosa por saber o desfecho de todo este caso... Mais que não seja porque, a concretizar-se a acusação, terá sido o verdadeiro "crime quase perfeito".

Continuando, o "caso" Portugal - Polónia...

Quando comecei a ver o jogo já o mesmo estava empatado a um golo... Como boa portuguesinha que sou, comecei a roer-me um bocadinho por dentro (sim, que isso de roer unhas e cabeça dos dedos não é para mim!) e foi com grande satisfação que vi lá o madeirense marcar o segundo golito... Mas confesso que me desmanchei a rir com os comentários dos jornalistas! "Jogada genial"???? Mas qual "jogada genial"? O rapaz tem boa perna e melhor finta (ou será ao contrário?!), mas do alto dos meus fracos conhecimentos, aquilo foi claramente um golo de sorte! Pena o Ricardo ter tido aquele azar... Custa-me sempre vê-lo nestas situações, quando já nos deu tanto em tantas ocasiões... (Pronto, ok, eu sou sportinguista, pelo que posso não ser a isenção em pessoa... :))

Por fim, o Avante... ("Avante camaraaaaaaaaaaaada, Avante! O sol brilhará para todos nóóóóóóóóós!!!")

Para início de conversa, convém dizer que eu moro nas imediações... Pelo que, não obstante reconhecer que é uma festa interessante, multicultural, que até costuma incluir alguns grupos musicais que se ouvem bem... É um fim-de-semana da treta para quem precisa de trabalhar e tem de apanhar constantemente com o barulho e as filas intermináveis para chegar a qualquer lado - eu nem vos digo quantas horas demorei a chegar a casa na sexta-feira... Mas o que me levou a falar do Avante não foi a minha pedra no sapato por ter de trabalhar ao invés de me divertir, mas tão-somente a sombra que o livro de Zita Seabra parece estar a provocar... Eu sei: é política... E a liberdade de expressão existe... Mas cada vez mais me custa assistir a estes "lavar-de-roupa-suja"... Tudo o que acontece na vida das pessoas tem o seu lado bom e o mau, mas será que mudar de partido, ou de namorado, ou de emprego, não é suficiente para mostrar o desagrado? Há que escrever, reescrever, repisar e insistir no assunto?